Segundo o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de maio foi de 0,31%, um avanço de 0,17 p.p. em relação ao mês anterior (leitura de 0,14%), abaixo da expectativa de mercado (0,32%). O resultado de maio também foi a menor leitura mensal desde 2007. Considerando o acumulado em 12 meses, o indicador atingiu 3,60%, patamar abaixo dos 9,32% registrados em maio de 2016. Em relação ao acumulado no ano, a leitura de maio (1,42%) foi bem abaixo do registrado em e maio de 2016 (4,06%).

Passando para a a análise mensal dos grandes grupos que compõem o índice, Habitação registrou a maior alta mensal (sendo que no mês anterior foi a maior queda), apontando um aumento de 2,14%. A leitura reflete o aumento das contas de energia elétrica.  O Grupo de vestuário, por sua vez, também avançou em maio (0,98%). Saúde e cuidados pessoais subiu 0,62% (leitura inferior a abril), refletindo o reajuste anual de remédios. Despesas pessoais avançou 0,23% em maio (após aumento de 0,09% em abril). Os grupos de Comunicação e Educação também apresentaram variações positivas de 0,09% e 0,08%, respectivamente.

Por outro lado, três grupos recuaram no mês em questão: Transportes, que caiu 0,42% - reflexo da queda dos preços de passagens aéreas. A queda do preço de automóveis novos e etanol também contribuíram para a queda do grupo. Alimentação e bebidas, que apresentou queda de 0,35% e por fim, Artigos de residência, que recuou 0,23%.

Dessa forma, a leitura do IPCA em 12 meses (3,6%) continua bem abaixo do centro da meta do Banco Central (4,5%). Os resultados de maio reforçam o cenário de deflação, sendo que para o próximo mês, a leitura deverá seguir em queda por conta da expectativa de queda das contas de luz em função do acionamento da bandeira verde. Assim, a expectativa para o IPCA poderá ser ainda menor do que a última divulgada pelo boletim Focus (3,9%).

ipca-mai