O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,25% no mês de fevereiro. No acumulado em 12 meses houve recuo para 4%, 0,19 p.p. abaixo da variação observada em janeiro.  Com esse resultado, o indicador acumulou alta de 0,46% no ano.

O grupo Educação (+0,23 p.p.) foi o que registrou maior impacto positivo sobre o índice geral no mês. Resultado dos reajustes comumente realizados no começo do ano letivo, em cursos regulares (0,20 p.p.) e cursos diversos (0,02 p.p.). Os grupos Saúde e Cuidados Pessoais e Alimentação e Bebidas também tiveram destaque, apresentando alta de 0,73% e 0,11% respectivamente.

O aumento dos preços no grupo Saúde e Cuidados Pessoais deveu-se, principalmente, ao avanço de 2,12% com os itens de higiene pessoal, com impacto individual de 0,08 p.p. no IPCA do mês. Já o grupo Alimentação e Bebidas foi afetado novamente pela queda no preço das carnes em 3,53%, maior impacto individual negativo no mês de fevereiro (-0,09 p.p.).

Por outro lado, o grupo Vestuário apontou a maior deflação do mês ao recuar 0,76%, mas a maior contribuição negativa veio de Habitação (0,39%), com impacto de -0,06 p.p. sobre o índice geral.

O indicador continua a subir em fevereiro, no entanto apresentou o menor resultado desde 2000 para o respectivo mês, contribuindo para desacelerar a inflação na análise em 12 meses e posiciona-lo próximo ao centro da meta. Com isto, a perspectiva é de que a inflação fique abaixo do centro da meta em 2020, encerrando o ano em torno de 3,2%, sujeito a variações em função do surto de COVID-19.