O otimismo para as vendas de Natal em 2021 atinge menos da metade dos empresários, segundo pesquisa da Boa Vista. 41% das empresas entrevistadas creem em aumento das vendas para a data este ano, em relação ao ano passado. Já 37% estão pessimistas e acreditam em queda nas vendas, ao passo que os 22% restantes esperam vendas iguais. Em 2020, eram 40% os otimistas, 17% esperavam vendas iguais ao ano anterior e 43% esperavam vendas menores, o que demonstra que o pessimismo entre os empresários é menor em 2021. Em 2019, com o último Natal antes da pandemia, os otimistas com o aumento das vendas eram 51%.
As vendas para a data representam, em média, 11% do faturamento das empresas. Em 2020, a média era de 9% do faturamento. Para a maioria dos entrevistados (28%), as vendas de Natal em 2021 ultrapassam 15% do faturamento.
“Mesmo com o avanço da vacinação, o que contribui para a retomada das atividades nos mais diversos segmentos, o crescimento econômico ainda é lento. Há cautela por parte de empresários e consumidores, o que se reflete em uma expectativa retraída de vendas para o Natal e Fim de Ano, similar ao que os empresários previram em dezembro de 2020”, afirma Flavio Calife, economista da Boa Vista.
Contratações e estratégias para o Natal
O Natal de 2021 não deve promover uma grande abertura de vagas no mercado de trabalho. Isso porque apenas 21% dos empresários, cerca de dois a cada dez, pretendem fazer novas contratações em função da data comemorativa. Os números representam uma queda em relação a 2020, quando 24% dos entrevistados pretendiam contratar novos funcionários para o Natal. “A baixa perspectiva de novas contratações por parte dos empresários é outro reflexo causado pela incerteza econômica”, comenta Calife.
Quanto às estratégias adotadas pelos empresários para aumentar as vendas nesse Natal, a aposta principal, para 43%, é ampliar as vendas pelas redes sociais, seguida pela criação de novas promoções (40%), e do oferecimento de novas formas de pagamento (30%).
Ainda em relação às mídias digitais, 44% das empresas ouvidas têm site próprio, e 63% realizam negócios na web. A maioria ainda necessita da infraestrutura de terceiros para realizar negócios on-line: 23% têm fornecedores e parceiros como principais canais de negócios. Outros 17% utilizam empresas de e-commerce. Para 16%, o principal canal utilizado é o e-mail. As vendas representam até 10% do faturamento da maioria das empresas, 37%, um leve crescimento em relação a 2020, quando 36% apontaram representatividade de até 10%.
Metodologia
Quando questionados sobre quais são as principais dificuldades para realizar negócios on-line, 19% dos empresários apontaram a comunicação com o público-alvo, 14% a falta de conhecimento, e outros 14% a falta de credibilidade.
A pesquisa realizada pela Boa Vista foi baseada em um questionário de autopreenchimento, encaminhado via e-mail e aplicado entre 500 micros e pequenos empresários, representantes dos setores do Comércio, Indústria e de Serviços, em nível nacional. O índice de confiança é de 95% e a margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.