Computação quântica em finanças: conheça qual o futuro da criptografia em serviços financeiros

Com sua capacidade de otimizar cálculos complexos e processar grandes volumes de dados em velocidades nunca antes vistas, a computação quântica apresenta um grande potencial para revolucionar o setor financeiro.

Diante da crescente sofisticação das ameaças digitais, essa tecnologia promete trazer avanços na proteção de dados sensíveis e na prevenção de fraudes.

Neste artigo, exploraremos como a computação quântica pode transformar a criptografia e garantir a segurança dos serviços financeiros no futuro. Continue a leitura e saiba mais!

O que é computação quântica em finanças?

A computação quântica é uma abordagem inovadora que utiliza os princípios da mecânica quântica para realizar cálculos e processamento de dados. 

Diferentemente dos computadores clássicos, que se baseiam em bits (0 ou 1), os computadores quânticos utilizam qubits como unidade básica de informação, permitindo a realização de cálculos de forma ainda mais rápida e eficiente.

Essa vantagem oferecida pela computação quântica tem o potencial de impactar diversos setores, principalmente o financeiro.

Afinal, quando se trata de finanças e economia, onde a velocidade e a precisão dos cálculos são fundamentais para a tomada de decisões estratégicas e gestão de risco.

Assim, dentro do setor financeiro, a computação quântica encontra aplicações em diversas áreas, desde a otimização de portfólios de investimentos, a análise de riscos, a detecção de fraudes até a criptografia de dados sensíveis. 

Criptografia pós-quântica

Dada a natureza dos computadores quânticos, a criptografia tradicional, que é amplamente utilizada para proteger dados financeiros e transações, pode se tornar vulnerável. 

Já que esses computadores têm potencial de quebrar facilmente os algoritmos criptográficos atuais, expondo informações sensíveis e comprometendo a segurança do sistema financeiro.

Para enfrentar essa ameaça, uma nova geração de criptografia vem sendo desenvolvida, chamada de criptografia pós-quântica, contando com algoritmos como NTRU, o McEliece e o SPHINCS+.

Esses novos algoritmos são projetados para resistir aos ataques dos computadores quânticos, utilizando princípios matemáticos diferentes dos algoritmos criptográficos tradicionais.

Enquanto a criptografia atual se baseia em problemas matemáticos que são difíceis de resolver para computadores clássicos, mas relativamente fáceis para computadores quânticos, a criptografia pós-quântica explora problemas matemáticos que são difíceis tanto para ambos.

Dessa forma, embora ainda esteja em desenvolvimento, a criptografia pós-quântica é considerada promissora para substituir os métodos de criptografia atuais, garantindo ainda mais proteção para os dados financeiros no futuro.

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Computação quântica e a segurança financeira do futuro 

Mais do que exigir a  atualização dos sistemas criptográficos, a adoção da computação quântica no setor financeiro também abre novas possibilidades para aprimorar a segurança e a eficiência de suas operações como um todo.

Prevenção de fraudes e gestão de riscos 

Com a capacidade de realizar cálculos complexos em alta velocidade, os computadores quânticos podem trazer inovações na prevenção de fraudes e na gestão de riscos no setor financeiro.

Isso porque os algoritmos quânticos serão capazes de analisar vastos conjuntos de dados em busca de padrões suspeitos, identificando potenciais atividades fraudulentas em tempo real.

Essa detecção rápida permite uma resposta mais ágil e eficaz a ameaças, reduzindo as perdas financeiras e protegendo os ativos das instituições e de seus clientes.

Os modelos de gestão de riscos também serão significativamente aprimorados, possibilitando simulações mais precisas e rápidas de cenários econômicos e financeiros complexos.

Da análise de crédito até a otimização de carteiras de investimentos, a computação quântica fornecerá insights valiosos fortalecendo a resiliência das instituições financeiras diante de incertezas do mercado.

Novas aplicações financeiras

Mais uma possibilidade trazida pela computação quântica para o setor é o desenvolvimento de novas aplicações financeiras, que vão transformar a maneira como as instituições operam e oferecem serviços aos seus clientes.

Como é o caso da otimização de portfólios de investimentos, onde algoritmos quânticos podem identificar a alocação ideal de ativos, considerando uma ampla gama de variáveis e restrições.

Essa abordagem pode levar a retornos superiores e a uma menor exposição ao risco, beneficiando tanto as instituições financeiras quanto os investidores individuais.

A precificação de ativos complexos, como derivativos e opções, também pode ser aprimorada pela computação quântica, já que seus algoritmos têm o potencial de analisar uma ampla gama de fatores que influenciam seus preços, como volatilidade, taxa de juros, risco de crédito e condições econômicas, de maneira mais detalhada.

 Inovação em proteção de dados

A computação quântica não apenas impulsiona avanços na criptografia pós-quântica, mas também abre caminho para outras inovações na proteção de dados financeiros.

Uma dessas inovações é a distribuição quântica de chaves (QKD), uma tecnologia que utiliza princípios da mecânica quântica para estabelecer chaves criptográficas seguras entre duas partes comunicantes, visando garantir a confidencialidade e a integridade das informações transmitidas.

Através dessa tecnologia, é possível garantir que qualquer tentativa de interceptação seja descoberta imediatamente. 

Ou seja, se um invasor tentar interceptar a chave durante o processo de distribuição das informações, essa ação será detectada pelas partes comunicantes, que poderão então interromper a comunicação e gerar uma nova chave segura.

Com a implementação dessa tecnologia, fruto da computação quântica, as instituições financeiras podem fortalecer a proteção de dados sensíveis, garantindo a confiança de seus clientes e parceiros de negócios.

Quais os desafios da computação quântica?

Apesar do grande potencial da computação quântica no setor financeiro, sua adoção ainda enfrenta alguns desafios.

Por apresentar uma complexidade muito maior quando comparados aos algoritmos clássicos, os algoritmos quânticos exigem um profundo conhecimento dos princípios da mecânica quântica e da teoria da informação quântica.

Outro obstáculo é a infraestrutura necessária para suportar a computação quântica, uma vez que os computadores quânticos requerem equipamentos sofisticados e ambientes rigorosamente controlados para operar de forma estável.

Desse modo, o alto nível de investimento, tanto em termos de hardware quanto em treinamento e capacitação de profissionais, faz com que a adoção e implementação da computação quântica em larga escala seja dificultada.

Veja também: Como usar a inteligência artificial para detectar fraudes no e-commerce

Qual a regulamentação da computação quântica?

Por ser uma tecnologia ainda em desenvolvimento, a regulamentação da computação quântica ainda está em estágios iniciais na maioria dos países.

No entanto, governos e órgãos reguladores têm reconhecido a importância de estabelecer um conjunto de normas e diretrizes que estimulem a inovação, protejam os consumidores e garantam a segurança nacional.

Em 2022, nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden sancionou a Lei de Preparação para Cibersegurança da Computação Quântica, que visa proteger sistemas e dados do governo contra ameaças de violações ativadas por computadores quânticos.

E, outros países, como China e membros da União Europeia, também têm investido em pesquisa e desenvolvimento da computação quântica, buscando liderar essa corrida tecnológica e estabelecer regulamentações adequadas.

No Brasil, embora ainda não haja uma regulamentação específica, iniciativas recentes demonstram o interesse do país em avançar nessa área. 

Em 2024, o governo brasileiro e a Índia debateram a possibilidade de um acordo de cooperação técnica com foco em supercomputadores, inteligência artificial e computação quântica.

Além disso, o país tem investido no aprimoramento de sua infraestrutura de supercomputadores. A expansão da capacidade do supercomputador Santos Dumont e a criação de novos centros de computação de alto desempenho, são exemplos desses esforços.

Quais as alternativas a tecnologia quântica?

Enquanto a computação quântica promete revolucionar a criptografia e a segurança dos serviços financeiros no futuro, nós oferecemos soluções avançadas de análise de dados e prevenção de fraudes no presente.

Uma dessas soluções é a Konduto, que combina diversas tecnologias e abordagens, como a inteligência artificial, para garantir uma análise de risco eficiente.

Com a coleta e processamento de grandes volumes de informações, incluindo dados cadastrais, histórico de compras e padrões de comportamento online, a Konduto utiliza algoritmos de aprendizado de máquina para identificar atividades fraudulentas.

Ao combinar esses insights com as técnicas tradicionais de análise de risco, a solução pode aprovar, negar ou revisar transações de forma rápida e precisa, agilizando o processo de análise e minimizando o impacto na experiência do usuário.

Assim, você protege seu e-commerce contra fraudes, garantindo a segurança das transações e a confiança dos seus clientes, enquanto aproveita ao máximo o que há de mais avançado em tecnologia antifraude.

Agora que você já sabe qual o futuro da criptografia em serviços financeiros através da computação quântica, confira outros conteúdos no Blog Equifax l Boa Vista e fique por dentro das últimas notícias!