O COPOM optou por elevar a taxa Selic em 0,25 p.p., atingindo 11% ao ano. Tal resultado seguiu em linha com as expectativas de mercado, uma vez que não houve grandes alterações de cenário em relação à última Ata.
Esta ação se justifica levando em conta os efeitos defasados das elevações da Selic ao longo dos últimos meses, certa melhora nas contas públicas (a despeito da fixação de nova meta mais baixa, de 1,9% do PIB, a política fiscal não deve assumir caráter expansionista) e postergação de reajuste de alguns preços controlados, que mesmo somados ainda não conseguiram baixar o nível de preços a um patamar “palatável”, sendo necessário, portanto, aumentos adicionais da taxa básica de juros.
Ainda assim, para as próximas decisões, é importante levarmos em conta o choque recente dos preços de alguns itens da cesta de alimentos. No curto prazo, tais aumentos contribuirão para uma piora dos níveis inflacionários, mas que deverão se reverter ao longo do segundo semestre. Caso esta perspectiva não se concretize, ainda há reuniões suficientes para novos aumentos da Selic, de modo que a meta inflacionária seja cumprida, ainda que próximo ao seu teto, 6,5%.
Ainda assim, por ora esperamos que o ano encerre taxa básica de juros em 11,25%, aguardando portanto, somente mais uma elevação de igual magnitude, a ocorrer ainda neste semestre.
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