Foram divulgados os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), publicado pelo Ministério da Economia.
Em julho, o saldo de vagas no mercado de trabalho (resultado da diferença entre novas contratações e demissões) foi positivo em 131.010 mil postos formais. O resultado ocorre após quatro meses consecutivos de redução no número de empregos formais. O desempenho do mês desacelerou o ritmo de queda na análise acumulada do ano, passando de 1,2 milhão em junho para 1,1 milhão de vagas fechadas entre janeiro e julho de 2020.
Avaliando os dados por segmentos, apenas o setor de Serviços registrou variação negativa no mês com o fechamento de 15,9 mil vagas. No sentido contrário, a Indústria Geral criou 53,6 mil novos postos de trabalho, seguida pelos setores de Construção (+ 42,0 mil), Comércio (+ 28,4 mil) e Agricultura (+ 23,0 mil).
Após registrar o fechamento de 1,6 milhão de vagas formais entre março e junho, em julho o mercado de trabalho começa a dar sinais de retomada da atividade interrompendo uma sequência de quatro meses de quedas consecutivas. Com isso, apesar do mal desempenho nos últimos meses, a divulgação atual inverte a tendência de queda do indicador na análise acumulada em 12 meses, indicando o fim do período mais intenso de aumento no nível de desemprego.
Ademais, apesar da melhora de julho, é importante ressaltar que o mercado de trabalho segue bastante fragilizado devido ao tamanho da queda no número de vagas durante a pandemia do novo coronavírus. No entanto, a flexibilização das regras de isolamento social e a gradual retomada da atividade econômica desde o final de junho sugerem que a economia comece a apresentar melhores sinais de recuperação ao longo do segundo semestre, superando o período mais agudo da crise e amenizando a onda de pessimismo que sonda o mercado desde o início do ano.