Foram divulgados os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), publicado pelo Ministério do Trabalho.
Em agosto, o saldo de vagas no mercado de trabalho (resultado da diferença entre novas contratações e demissões) foi positivo em 372.265 postos formais. Resultado acima da mediana das expectativas do mercado para o mês, que previa a criação de 311,5 mil vagas. O desempenho acelerou o ritmo de crescimento na análise acumulada em 12 meses, passando de 3,1 milhões em julho para 3,2 milhões de vagas criadas em agosto, segundo os dados com ajustes.
Avaliando os dados por segmentos, todos apresentaram evolução nos postos de trabalho em agosto, com destaque mais uma vez para o setor de Serviços, que apontou criação de 180,7 mil vagas. No mesmo sentido, o Comércio também apresentou bom desempenho e criou 77,8 mil vagas no período, seguido pela Indústria Geral (+ 72,7 mil), Construção (+ 32,0 mil) e Agricultura (+ 9,2 mil).
Após registrar o fechamento de mais de 1,6 milhão de empregos formais entre março e junho do ano passado (dados com ajuste), o indicador vem apresentando desempenho acima das expectativas desde julho de 2020, com apenas uma queda até o momento. O resultado foi reflexo de 1,81 milhão de admissões no mês, contra 1,44 milhão de desligamentos.
No ano o indicador já apresentou 2,20 milhões de novos postos de trabalho, contra 921,9 mil de vagas fechadas nos oito primeiros meses do ano passado. O resultado indica que o mercado de trabalho segue apresentando desempenho acima do esperado após o período mais agudo da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.
Ademais, observa-se que o indicador já superou com folga o nível pré-pandemia, com crescimento robusto ao longo de 2021. Mas ainda que o período mais agudo da crise tenha ficado para trás, a contiunuação desse movimento está associada ao sucesso no processo de vacinação contra o novo coronavírus e uma recuperação consistente dos principais setores da economia nos próximos meses, a depender da melhora nas expectativas e redução das incertezas para o final do ano.
Nota:
Os dados aqui apresentados fazem referência ao mercado em geral e não possuem qualquer ligação com os dados operacionais da Boa Vista S.A.
As opiniões aqui expressas são independentes e de autoria da área de Indicadores e Estudos Econômicos da empresa, que não tem acesso às informações operacionais da Boa Vista S.A.