Foram divulgados os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), publicado pelo Ministério do Trabalho.

Em março, o saldo de vagas no mercado de trabalho (resultado da diferença entre novas contratações e demissões) foi negativo em 43,2 mil postos formais. É o pior resultado para o mês de março desde 2017, quando houve redução de 63,6 mil vagas.

Avaliando os dados setoriais, houve diminuição do emprego em cinco dos oito segmentos econômicos. As principais quedas ocorreram no Comércio (-28,8 mil), Agropecuária (-9,5 mil) e Construção Civil (-7,8 mil).

Em março, todas as regiões apontaram saldo negativo. A principal queda ocorreu no Nordeste (-23,7 mil), seguido do Sudeste (-10,7 mil), Norte (-5,3 mil) e Centro-Oeste (-1,7 mil).

O movimento de queda em março ocorre após uma alta expressiva em fevereiro (criação de 173 mil vagas), quando o bom desempenho foi motivado pelo maior número de dias úteis e adiamento de parte das demissões para o mês seguinte. De forma geral, a recuperação do mercado de trabalho segue lenta, reflexo da fragilidade dos principais setores de atividade. Dado que as expectativas para o desempenho da economia continuam pouco otimistas, a tendência é de que o emprego siga sua recuperação de forma lenta em 2019.