Foram divulgados os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), publicado pelo Ministério da Economia.
Em março, o saldo de vagas no mercado de trabalho (resultado da diferença entre novas contratações e demissões) foi positivo em 180.140 mil postos formais. Pouco acima da mediana das expectativas do mercado para o mês. O desempenho acelerou o ritmo de recuperação na análise acumulada em 12 meses, passando de 397,3 mil em fevereiro para 857,8 mil vagas criadas, segundo os dados com ajustes.
Avaliando os dados por segmentos, todos apresentaram evolução nos postos de trabalho em março, com destaque novamente para o setor de Serviços que apontou criação de 95,6 mil vagas.
No mesmo sentido, a Indústria Geral também apresentou bom desempenho e criou 42,2 mil vagas no período, seguida pela Construção (+ 25,0 mil), Comércio (+ 18,0 mil) e Agricultura (+ 3,6 mil).
Após registrar o fechamento de mais de 1,6 milhão de empregos formais entre março e junho do ano passado (dados com ajuste), em março o mercado de trabalho confirma a melhora no ritmo de recuperação iniciado em julho. Com este resultado, o indicador acelera sua evolução na análise de longo prazo e atinge seu maior nível desde maio (+ 963 mil em 12 meses) de 2014.
No trimestre o indicador acumula 837.074 mil novos postos de trabalho, contra 66.543 mil vagas criadas entre janeiro e março do ano passado. O resultado indica que a economia segue apresentando bom desempenho após o período mais agudo da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.
Ademais, observa-se que o mercado de trabalho já superou o nível pré-pandemia, apresentando bom ritmo de recuperação desde a metade do ano passado. Mas ainda que o período mais agudo da crise tenha ficado para trás, a contiunuação desse movimento só será possível com o sucesso da vacina no combate ao novo coronavírus e uma retomada consistente dos principais setores da economia nos próximos meses, com melhora nas expectativas e redução das incertezas para 2021.
Nota:
Os dados aqui apresentados fazem referência ao mercado em geral e não possuem qualquer ligação com os dados operacionais da Boa Vista S.A.
As opiniões aqui expressas são independentes e de autoria da área de Indicadores e Estudos Econômicos da empresa, que não tem acesso às informações operacionais da Boa Vista S.A.