Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Confiança da Indústria (ICI) ficou em 97,5 pontos em março, recuando 3,8% em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais. Já em relação a março do ano passado, o indicador subiu 1%.
Analisando os indicadores que compõem o ICI, observa-se baixa no Índice de Situação Atual (ISA), que recuou 2,1% no mês, enquanto o Índice de Expectativas (IE) também recuou no período, com variação mensal de 5,5% em relação a fevereiro. Na comparação com março de 2019, o ISA avançou 2,4% e o IE recuou 0,7%.
Os indicadores de confiança da indústria que mantinham uma tendência de crescimento nos últimos quatro meses, apresentando um sinal gradual de recuperação, já sofrem com os efeitos das medidas restritivas ao coronavírus na economia. Evidenciado no fato do ICI registrar a maior queda desde março de 2015, período de intensas turbulências políticas no cenário nacional. Os setores de bens duráveis deverão ser os mais prejudicados, enquanto os bens relacionados a higiene e saúde em geral apresentarão um alta demanda neste período.
Observou-se o contração da confiança em 14 dos 19 segmentos industriais pesquisados, consequência da piora na percepção da situação atual pelos empresários e nas expectativas para os próximo trimestre.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) recuou em março, atingindo 75,3% na série livre de efeitos sazonais.
Diante do nível baixo de utilização da capacidade instalada e o atual pandemia de coronavírus mundial, segue baixa a expectativa de investimentos e geração de empregos na indústria, que sofrerá significamente com o momento econômico mundial.