Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Confiança da Indústria (ICI) ficou em 58,2 pontos em abril, recuando 40,3% em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais. Já em relação a abril do ano passado, o indicador recuou 37,5%.
Analisando os indicadores que compõem o ICI, observa-se baixa em todos os indicadores, o Índice de Situação Atual (ISA) recuou 31,8% no mês, enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 48,4% em relação a março. Na comparação com abril de 2019, o ISA recuou 30,7% e o IE recuou 41,8%.
Assim como os indicadores de Confiança do Comércio, do Consumidor e de Serviços, o Índice de Confiança da Indústria desabou no mês de abril, atingindo o maior recuo mensal e o menor valor desde o início da série histórica. Impactados pela crise mundial derivada da pandemia do Covid-19, a confiança dos empresários para o momento atual e as expectativas futuras, altamente pessimistas, também atingiram a mínima histórica. Principalmente puxado pelas expectativas futuras no mês de abril, não há perspectivas de recuperação do setor no curto prazo, que ainda está fortemente suscetível as mudanças e oscilações relacionadas ao novo coronavírus.
Observou-se a contração da confiança nos 19 segmentos industriais pesquisados, consequência da piora na percepção da situação atual pelos empresários e, principalmente, nas expectativas em relação ao futuro.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) recuou em abril, atingindo 57,3% na série livre de efeitos sazonais. Apresentando a maior queda mensal e o menor valor da série histórica.
Diante do nível baixo de utilização da capacidade instalada e a atual pandemia de coronavírus mundial, segue baixa a expectativa de investimentos e geração de empregos na indústria, que está sofrendo intensamente com o momento econômico mundial.