Houve elevação de 6,8% entre o terceiro e segundo trimestres de 2021.
O indicador da Boa Vista de Demanda por Crédito do Consumidor avançou 3,7% em setembro na comparação mensal dos dados dessazonalizados. Na variação contra setembro do ano passado o indicador apontou crescimento de 16,9%. No ano, o indicador se firma cada vez mais vez no campo positivo e agora registra alta de 5,8% contra o mesmo período de 2020. Os resultados fizeram com que a queda na variação acumulada em 12 meses, que chegou a ser de 17,7% em fevereiro deste ano, desacelerasse para -0,1% no período de referência.
Quando considerado somente o segmento Financeiro, os números são melhores, contudo, eles começaram a dar sinais de acomodação. Em 12 meses acumulados, o indicador aponta alta de 14,4% em setembro, mas o ritmo de crescimento começou a diminuir em relação aos meses anteriores. Por outro lado, a tendência de recuperação parece ter passado para o indicador do segmento Não Financeiro, que apesar de ainda apresentar queda de 9,9% na mesma base de comparação, se manteve num ritmo de desaceleração da queda mais forte. Tanto que, na comparação mensal e interanual, as variações observadas no segmento Não Financeiro foram mais expressivas.
No mês, o segmento Financeiro cresceu 1,2%, ao passo que o segmento Não Financeiro registrou alta de 5,4%. Na comparação interanual a variação no segmento Não Financeiro foi de 19,4%, ante 1,1% no mês de agosto, enquanto o segmento Financeiro cresceu 13,1%, ante 24,2% um mês antes.
Embora a tendência de melhora nos números seja evidente, os próximos resultados podem ser um pouco mais tímidos, uma vez que o ciclo de alta na taxa básica de juros, a Selic, deve pressionar os juros finais para cima, bem como, o desemprego segue elevado, assim como, a inflação. Isso também pode frear a recuperação do indicador no segmento Não Financeiro, que pode ter começado um pouco tarde em meio a este quadro pouco amistoso para quem busca por crédito.
Segue abaixo a tabela contendo o resumo dos dados apresentados.