Em termos reais, a receita no setor caiu 4,2%, para o resultado acumulado em 12 meses
Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE divulgada hoje, a receita nominal de serviços obteve alta de apenas 1,1% na comparação de maio contra o mesmo mês do ano anterior. No resultado acumulado em 12 meses, a variação da receita nominal foi de 3,8%, perpetuando a sequência de desaceleração observada desde o início de 2014. Em termos reais, ou seja, retirando o efeito da inflação no setor, houve queda de 4,2%, também para o acumulado em 12 meses.
Os principais grupos ficaram configurados da seguinte forma na variação acumulada em 12 meses: Serviços prestados às famílias (passou de 6,9% em abril para 5,9% em maio); Serviços de informação e comunicação (passou de 1,5% em abril para atuais 1,1%); Serviços profissionais, administrativos e complementares (desacelerou 0,2 p.p. atingindo 7,7%); Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (passou de 4,0% em abril para 3,5% em maio); Outros serviços (apresentou desaceleração de 0,4 p.p. em maio, com atuais 4,4%).
O desempenho do indicador em maio representa a 2ª pior colocação da série iniciada em 2012, ficando atrás apenas do resultado de fevereiro deste ano, que atingiu 0,9%.
Quanto à inflação para o setor de serviços, houve desaceleração de 0,1 p.p. na comparação com abril, o que não ajudou na recuperação da variação real do indicador, que acabou por apresentar queda de 4,2%. Esperamos que a tendência de variações reais negativas se prolongue pelos próximos meses e que uma reversão deste quadro tenha início somente em meados de 2016.