O Banco Central divulgou as Estatísticas monetárias e de crédito em relação ao mês de março. O estoque total de empréstimos e financiamentos do país cresceu em relação a fevereiro, avançando para a marca de R$ 4.104,7 bilhões. Na comparação com março do ano passado, o saldo apresentou crescimento de 14,5%.
Considerando a origem dos recursos, o saldo total de crédito livre avançou 1,9% na comparação mensal, influenciado positivamente pelo aumento para pessoas físicas (0,9%) e pelas pessoas jurídicas (3,0%), atingindo R$ 2.379,9 bilhões. Em relação a março de 2020, houve alta de 12,8%, com forte crescimento de 14,8% na carteira de crédito para pessoas jurídicas e alta de 11,1% na carteira para pessoas físicas.
Com relação às concessões, houve alta de 0,9% contra fevereiro (de acordo com dados dessazonalizados pelo próprio Banco Central) e em 12 meses.
Considerando o tipo de recurso utilizado pelas instituições para dar o crédito, as concessões com recursos livres PF recuaram 4,9% base mensal e 4,1% em 12 meses, enquanto para PJ, as concessões livres subiram 24,3% no mês e recuaram 4,6% em 12 meses. Assim, as concessões com recursos livres totalizaram crescimento de 1,2% no mês e baixa de 4,3% na comparação acumulada.
Já as concessões com recursos direcionados registraram alta de 58,7% em 12 meses e 2,5% na comparação mensal, com destaque para as concessões PJ, que avançaram 14% no mês e já apontam alta de 130,2% no acumulado em 12 meses.
A taxa de inadimplência (atrasos superiores a noventa dias) caiu para 2,19% em março, valor 0,07 ponto percentual (pp) abaixo do registrado em fevereiro. O destaque ficou para a queda da inadimplência com recursos direcionados, recuando 0,24 p.p. para o nível de 1,10%. Já a inadimplência com recursos livres PF passou de 4,12% para 4,18% em março, apontando uma alta de 0,06 p.p.
A taxa média de juros total das operações de crédito do sistema avançou 0,24 p.p., para 20,00%, influenciada pela alta de 0,95 p.p. da taxa média das pessoas física com recursos livres (41,02%). Já a taxa de juros das operações com recursos direcionados recuou 0,14 p.p., apontando uma taxa de 7,18% no mês.
Com relação aos spreads, considerando a totalidade de recursos, em março foi registrado um spread total de 15,11 p.p., sendo 22,49 p.p. nas operações livres e 4,07 p.p. nas operações com recursos direcionados.