O Banco Central divulgou as Estatísticas monetárias e de crédito em relação ao mês de setembro. O estoque total de empréstimos e financiamentos do país cresceu 2,0% em relação a agosto, avançando para a marca de R$ 4.428,8 bilhões. Na comparação com setembro do ano passado, o saldo apresentou crescimento de 16,0%.
Considerando a origem dos recursos, o saldo total de crédito livre avançou 2,4% na comparação mensal, influenciado positivamente pelo aumento para pessoas físicas (2,0%) e para pessoas jurídicas (2,9%), atingindo R$ 2.599,2 bilhões. Em relação a setembro de 2020, houve alta de 18,5%, com forte crescimento de 21,1% na carteira de crédito para pessoas físicas e de 15,5% na carteira para pessoas jurídicas.
Com relação às concessões, houve alta de 3,1% contra agosto (de acordo com dados dessazonalizados pelo próprio Banco Central) e crescimento de 13,7% em 12 meses.
Considerando o tipo de recurso utilizado pelas instituições para dar o crédito, as concessões com recursos livres PF avançaram 1,7% na base mensal e apontam crescimento de 15,7% em 12 meses, enquanto para PJ, as concessões livres avançaram 6,3% no mês e 10,0% em 12 meses. Assim, as concessões com recursos livres totalizaram crescimento de 3,5% no mês e de 12,9% na comparação acumulada.
Já as concessões com recursos direcionados registraram alta de 20,1% em 12 meses, mas caíram 0,4% na comparação mensal dessazonalizada, com destaque para as concessões PF, que apontam alta de 40,5% no acumulado em 12 meses e queda de 4,7% no mês de setembro, de acordo com dados dessazonalizados.
A taxa de inadimplência (atrasos superiores a noventa dias) recuou para 2,29% em setembro, ficando pouco abaixo em relação ao resultado do mês anterior (2,32%). Contudo o destaque ficou para o aumento da inadimplência com recursos livres PF, avançando 0,10 p.p. para o nível de 4,25%. Por outro lado, a inadimplência com recursos livres PJ apresentou retração de 0,05 ponto percentual, ao nível de 1,57%.
A taxa média de juros total das operações de crédito do sistema apresentou elevação de 0,50 p.p., para 21,63%, influenciada pela alta de 0,73 p.p. da taxa média com recursos livres (30,55%), com alta de 0,89 p.p. para pessoas jurídicas (17,07%) e de 0,51 p.p. para pessoas físicas (41,34%). Já a taxa de juros das operações com recursos direcionados ficou praticamente estável (+0,01 p.p.), apontando uma taxa de 7,95%.
Com relação aos spreads, considerando a totalidade de recursos, em setembro foi registrado um spread total de 14,49 p.p., sendo 21,64 p.p. nas operações livres e 3,52 p.p. nas operações com recursos direcionados.