O Banco Central divulgou as Estatísticas Monetárias e de Crédito em relação ao mês de outubro. O estoque total de empréstimos e financiamentos do país cresceu 1,5% em relação a setembro, avançando para a marca de R$ 4.497,1 bilhões. Na comparação com outubro do ano passado, o saldo apresentou crescimento de 16,0%.
Considerando a origem dos recursos, o saldo total de crédito livre avançou 1,7% na comparação mensal, influenciado positivamente pelo aumento para pessoas físicas (2,2%) e para pessoas jurídicas (1,2%), atingindo R$ 2.643,8 bilhões. Em relação a outubro de 2020, houve alta de 18,8%, com forte crescimento de 21,3% na carteira de crédito para pessoas físicas e de 15,9% na carteira para pessoas jurídicas.
Com relação às concessões, houve alta de 1,7% contra setembro (de acordo com dados dessazonalizados pelo próprio Banco Central) e crescimento de 15,5% em 12 meses.
Considerando o tipo de recurso utilizado pelas instituições para dar o crédito, as concessões com recursos livres PF recuaram 0,4% na base mensal e apontam crescimento de 17,2 em 12 meses, enquanto para PJ, as concessões livres avançaram 0,8% no mês e 13,5% em 12 meses. Assim, as concessões com recursos livres totalizaram crescimento de 1,8% no mês e de 15,4% na comparação acumulada.
Já as concessões com recursos direcionados registraram alta de 16,6% em 12 meses, mas caíram 3,6% na comparação mensal dessazonalizada, com destaque para as concessões PJ, que apontam baixa de 13,3% no acumulado em 12 meses e de 27,5% no mês de outubro, de acordo com dados dessazonalizados.
A taxa de inadimplência (atrasos superiores a noventa dias) se manteve em 2,29% no mês de outubro, ficando estável em relação ao resultado do mês anterior (2,29%). Contudo, o destaque ficou para o aumento da inadimplência com recursos livres PF, avançando 0,03 p.p. para o nível de 4,28%. Já a inadimplência com recursos livres PJ apresentou leve aumento de 0,01 ponto percentual, ao nível de 1,59%.
A taxa média de juros total das operações de crédito do sistema apresentou elevação de 1,56 p.p., para 23,21%, influenciada pela alta de 2,16 p.p. da taxa média com recursos livres (32,80%), com alta de 2,04 p.p. para pessoas jurídicas (19,11%) e de 2,16 p.p. para pessoas físicas (43,82%). Já a taxa de juros das operações com recursos direcionados avançou 0,59 p.p., apontando uma taxa de 8,54%.
Com relação aos spreads, considerando a totalidade de recursos, em outubro foi registrado um spread total de 15,33 p.p., sendo 23,06 p.p. nas operações livres e 3,52 p.p. nas operações com recursos direcionados.