De acordo com a Fundação Getulio Vargas, a confiança nos serviços obteve a 6ª queda do ano ao atingir -2,9% em julho, na variação mensal dos dados dessazonalizados. Mantida a base de comparação, o Índice de Expectativas também apresentou queda, de 7,1%, já o Índice de Confiança no Presente registrou alta de 4,8%.
Ainda na análise dos dados com ajuste sazonal, todos os índices mantiveram-se abaixo da média histórica, de 118,8 pontos. O índice agregado registrou 78,4 pontos e é o novo piso da série iniciada em junho de 2008. Para o Índice de Expectativas a pontuação foi de 97,4 e o Índice de Confiança no Presente obteve 59,4 pontos.
Na comparação interanual (contra julho do ano anterior) houve recuo de 27,6% na série original (sem ajustes sazonais). Na mesma análise, o Índice da Situação Atual e o Índice de Expectativas caíram 35,3% e 22,8%, respectivamente.
Desde meados do primeiro semestre de 2014 temos observado uma mudança no comportamento do índice, que se descolou da média histórica e vem apresentando quedas sucessivas nas variações interanuais. Combinado fatores como inflação persistentemente alta, juros elevados, piora no mercado de trabalho, entre outros fatores, a confiança de serviços ainda deverá se manter em níveis baixos por algum tempo, com possível inflexão somente em meados de 2016.
O gráfico abaixo nos mostra a evolução da série dessazonalizada da confiança no setor de serviços ao longo dos últimos anos.