De acordo com a sondagem de serviços, realizada pela FGV, o Índice de Confiança dos Serviços (ICS) voltou a recuar e registrou queda de 2,3% na série dessazonalizada, para 96,8 pontos. Na mesma base de comparação, o Índice da Situação Atual (ISA) passou de 94,6 para 92,8 pontos e o Índice de Expectativas (IE) de 103,6 para 100,9 pontos.
Já na comparação interanual, as variações ainda são robustas em função do efeito base, dado que o setor de serviços foi o mais impactado pela crise. O ICS subiu 13,5%, puxado para cima pelo ISA, que aponta elevação de 15,5%. No mesmo sentido, o IE também tem apresentado bom desempenho, com alta de 10,8% mantida a base de comparação. No ano, contudo, a contribuição das duas frentes também é similar, o ISA subiu 15,0% e o IE 9,7%.
Apesar de a confiança dos serviços ter alcançado resultados semelhantes aos do período pré-pandemia, vale ressaltar que seu ritmo de recuperação tem se mostrado mais tímido nos últimos meses, com duas quedas nas últimas três aferições. Com isso, a retomada do indicador deve continuar fraca nos próximos meses, uma vez que vários outros fatores inviabilizam um processo mais vigoroso. Dentre eles, a confiança do consumidor, que também tem apresentado desaceleração, a lenta e, até aqui, nada convincente, recuperação do mercado de trabalho e a inflação.
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