Segundo o IBGE, a produção industrial já acumula queda de 7,4% até setembro, na variação contra o mesmo período do ano anterior. Na variação acumulada em 12 meses a retração é de 6,5%, e na comparação contra o mesmo mês de 2014 há recuo de 10,9%.
Na avaliação do acumulado em 12 meses, entre as grandes categorias econômicas as Indústrias de Transformação apresentaram queda de 8,2%, enquanto as Indústrias extrativas obtiveram alta de 7,3%. Considerando a análise por Categorias de Uso, mantida a base de comparação, as perdas permaneceram bastante acentuadas: -20,4% para Bens de Capital, -13,9% para os de Bens de Consumo Duráveis e -7,5% para Bens de Consumo.
Na análise mensal com dados ajustados sazonalmente, a produção industrial variou -1,3%. O setor de Bens de Consumo Duráveis foi o que obteve o pior resultado dentre as categorias de uso, com queda de 5,3%, seguida por Bens de Intermediários que recuou 1,3%.
Enquanto os ajustes de mercado de trabalho (demissões neste caso dão fôlego aos custos industriais) e da desvalorização cambial (real fraco inibe a importação de produtos industrializados) não se consolidam, a indústria mantém-se ainda bastante longe de retomar aumentos na produção. Tendo em vista estas influências, esperamos que a indústria encerre 2015 em nível negativo, com provável queda de 7,0%.