De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal, realizada pelo IBGE, o setor caiu 0,2% na comparação mensal dos dados dessazonalizados entre os meses de outubro e novembro. No mesmo sentido, na comparação interanual foi observada queda de 4,4%, após já ter recuado 7,8% em outubro, mantida a base de comparação.
Com o resultado de novembro, a Indústria atinge sua sexta queda mensal consecutiva e fica 4,3% abaixo do nível pré-pandemia.
No ano, o setor segue desacelerando, passando de alta de 5,7% em outubro para uma de 4,7% em novembro. Já na análise de longo prazo, medida pela variação acumulada em 12 meses, o crescimento passou de 5,6% para 5,0%.
O desempenho de novembro veio abaixo da mediana das expectativas de mercado, que previam crescimento de 0,2% livre dos efeitos sazonais.
Dentre as categorias do setor, destaque para a variação de -3,0% em novembro na atividade “Bens de Capital” e para o avanço de 5,0% em “Extrativa Mineral”, que também apontou alta na comparação interanual (+5,0%).
Além de uma desaceleração, a Indústria segue contando com diversos obstáculos pelo caminho, dos quais continuam impactando a confiança do setor. Em dezembro, o Índice de Confiança da Indústria caiu 2,0% após já ter recuado 2,9% em novembro, com destaque para a queda de 2,6% no Índice de Situação Atual.
Entre os obstáculos, destaque para a falta de perspectiva de crescimento da economia em 2022, com projeções sendo revisadas para baixo semana após semana. Somado a isso, o setor ainda enfrenta os riscos relacionados ao aumento nos custos de produção derivados do aumento da inflação nos últimos meses, o que atrapalha uma retomada consistente da atividade industrial.