Segundo o IBGE, a produção industrial recuou 9,0% em agosto na variação contra o mesmo mês do ano anterior, sendo o pior resultado desde o início da série histórica, iniciada em 2002. Com isso, a variação acumulada em 12 meses atingiu queda de 5,7%. Já nos valores acumulados no ano, a retração atinge 6,9%.

Na avaliação do acumulado em 12 meses, entre as grandes categorias econômicas as Indústrias de Transformação apresentaram queda de 7,4%, enquanto as Indústrias extrativas obtiveram alta de 7,7%. Considerando a análise por Categorias de Uso, mantida a base de comparação, as perdas permaneceram bastante acentuadas: -18,4% para Bens de Capital, -12,0% para os de Bens de Consumo Duráveis e -6,5% para Bens de Consumo.

Na análise mensal com dados ajustados sazonalmente, a produção industrial variou -1,2%. O setor de Bens de Capital foi o que obteve o pior resultado dentre as categorias de uso, com queda de 7,6%, seguida por Bens de Consumo Duráveis que recuou 4,0%.

Enquanto os ajustes de mercado de trabalho (demissões neste caso dão fôlego aos custos industriais) e da desvalorização cambial (real fraco inibe a importação de produtos industrializados) não se consolidam, a indústria mantém-se ainda bastante longe de retomar aumentos na produção. Tendo em vista estas influências, esperamos que a indústria encerre 2015 em nível negativo, com provável queda de 7,0%.

pim