Segundo o IBGE, a produção industrial recuou 8,9% em julho, na comparação contra o mesmo mês do ano passado, sendo o pior resultado para o mês desde 2009 quando o índice registrou queda de 10,0%. Com este resultado, a retração acumulada é de 6,6% no ano. Já na análise da variação acumulada em 12 meses, o setor registrou recuo de 5,3%.
Mantida a base de comparação, entre as grandes categorias econômicas as Indústrias de Transformação apresentaram queda de 7,0%, enquanto as Indústrias extrativas obtiveram alta de 8,1%.
Na análise mensal com dados ajustados sazonalmente, a produção industrial variou -1,5%. Considerando a análise por Categorias de Uso, o setor de Bens de Consumo Duráveis foi o que obteve o melhor resultado, com alta de 9,6%, enquanto Bens de Consumo recuou 1,1%.
Na tendência de longo prazo, avaliada pelo acumulado em 12 meses na série sem ajuste sazonal, as perdas permaneceram bastante acentuadas: -16,8% para Bens de Capital, -12,1% para os de Bens de Consumo Duráveis e -6,2% para Bens de Consumo.
Enquanto os ajustes de mercado de trabalho (demissões neste caso dão fôlego aos custos industriais) e da desvalorização cambial (real fraco inibe a importação de produtos industrializados) não se consolidam, a indústria mantém-se ainda bastante longe de retomar aumentos na produção. Tendo em vista estas influências, esperamos que a indústria encerre 2015 em nível negativo, com provável queda de 5,5%.