De acordo com o IBGE, a apuração do resultado da inflação oficial (IPCA) foi de 10,67% em 2015 e atingiu o maior resultado desde 2002, quando registrou elevação de 12,53%. Em dezembro, houve alta de 0,96% no índice geral.
Na avaliação mensal, a categoria que obteve a maior alta no mês foi novamente a de Alimentação e Bebidas, com variação de 1,50%. Transportes, foi – também novamente – o segundo item que mais se elevou, variando +1,36%, desta vez refletindo a elevação sazonal dos preços de passagens aéreas.
A elevação nos preços neste ano tem sido motivada principalmente pelos preços administrados, que sem mantém em nível pelo menos duas vezes maior do que a dos preços livres no acumulado em 12 meses (administrados apontaram 18,06% de elevação, enquanto livres sobem 8,57%).
Para o próximo ano, a possibilidade de cumprimento da meta de inflação já ameaça ser impraticável, com o mercado prevendo níveis de 6,87%, de acordo com o boletim Focus do BC divulgado no início da semana. Portanto, com relação aos juros, o cenário mais provável é de que haja, pelo menos, manutenção no atual nível, 14,25%.
De olho nos últimos efeitos macroeconômicos, apesar da elevação dos preços ter pouca probabilidade de ser repetida em 2016, o ano já começa com baixas expectativas de cumprimento da meta inflacionária, uma vez que o processo desinflacionário não deverá ocorrer tão rapidamente e os preços livres continuarem com perspectivas de elevação no ano. Com isso, para este ano projetamos uma inflação próxima de 7%, Selic a 14,25% e PIB em queda de 3,5%.