De acordo com o IBGE, a apuração do resultado da inflação oficial (IPCA) de junho foi de 8,84% considerando os valores acumulados em 12 meses, desacelerando 0,48 p.p. com relação ao resultado de maio. Na variação mensal, houve elevação de 0,35%. O maior responsável pela elevação do índice foi o grupo de Alimentação e Bebidas, que passou de 0,78% em maio para atuais 0,71%. Especificamente, a alta registrada nos produtos “feijão-carioca” e no “leite longa vida”, foram os principais responsáveis pela elevação do grupo, com altas mensais de 41,78% e 10,16%, respectivamente. Para os demais grupos, ficou registrada a seguinte configuração: Transportes variou -0,53% em junho; Saúde e Cuidados Pessoais passou de 1,62% para atuais 0,83%; Educação variou 0,11% nesta aferição; Comunicação passou de 0,01% para 0,04% no resultado deste mês; Habitação variou 0,63%; Artigos de Residência subiu 0,26%; Vestuário 0,32% e Despesas Pessoais variou +0,35%.
O resultado do mês começa a aproximar-se da proposta estabelecida pelas metas de inflação (permite até 6,5% de inflação no ano), confirmando gradativamente as expectativas de mercado medidas pelo relatório Focus do BC – divulgado no início da semana, o qual previra um IPCA de 7,27% para 2016.
Desta forma, pode-se dizer que a dinâmica da inflação inflexionou-se definitivamente, passando a ceder de forma consistente. Caso não ocorra nenhum grande impacto derivado de fatores exógenos da economia, como câmbio, exportações líquidas, entre outros, o resultado esperado pelo mercado até o término do ano deverá se consubstanciar. Levando em consideração o discurso hawkish do novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, mudanças de juros e inflação deverão ficar somente para 2017. A ver.