Comentários:

• O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,25% no mês de janeiro. No acumulado em 12 meses houve evolução para 4,56%, 0,04 p.p. acima da variação observada em dezembro.

• O grupo Alimentação e bebidas novamente foi o principal catalisador da inflação no mês, ele avançou 1,02% e teve o maior impacto (0,22 p.p.). Os grupos de Transportes e Artigos de residência também tiveram destaque, apresentando avanços de 0,41% e 0,86% respectivamente.

• O aumento dos preços no grupo Alimentação e bebidas deveu-se, principalmente, a evolução de 1,06% no subgrupo de alimentos para consumo no domicílio. Enquanto Transportes foi influenciado pela alta de 2,13% nos combustíveis e no grupo de Artigos de residência a influência veio dos itens mobiliários (1,48%).

• Por outro lado, os únicos grupos que apresentaram queda no mês foram o de Habitação, apresentando recuo de 1,07% e o de Vestuário que contraiu 0,07% em janeiro.

• Nas principais regiões metropolitanas, a maior alta no mês foi registrada em Campo Grande (1,41%), seguida por Recife (1,17%) e Rio Branco (1,10%). Por outro lado, Goiânia e Belém apontaram as únicas baixas no mesmo período, de 0,17% e 0,03%, respectivamente.

Perspectivas:

• No mês de janeiro, o indicador reforça pelo oitavo mês consecutivo um resultado de uma inflação crescente, após em maio sofrer com a menor variação mensal para o IPCA desde agosto de 1998, contribuindo para colocar a análise em 12 meses acima da meta prevista pelo BC de 3,75% para o ano de 2021.

• Segundo o relatório Focus, a projeção para o IPCA para 2021 está em 3,60%.

• A evolução da inflação ainda está condicionada a recuperação da economia ao longo do resto do ano e de fatores externos que acontecem no cenário mundial. Importante acompanhar as os movimentos do auxílio emergencial e seus impactos no poder de consumo e dinamismo da economia, que finalizou no fim de dezembro, mas que já é estudado novamente implementar o auxílio sob novo conjunto de regras.