De acordo com o IBGE, a apuração do resultado da inflação oficial (IPCA) atingiu 8,47% para maio, no acumulado em 12 meses. O resultado acelerou 0,74% em relação ao mês anterior.
A categoria que obteve a maior alta no mês foi a de Alimentação e Bebidas, com variação de 1,37%. A elevação na categoria foi motivada pelo aumento dos preços da Alimentação no domicílio (1,61%). Habitação foi a segunda categoria com maior alta em maio, variando 1,22% devido ao aumento do subitem Combustíveis e Energia (2,41%), que por sua vez sofreu o impacto de Energia Elétrica Residencial (2,77%).
Se considerarmos o núcleo acumulado de bens e serviços administrados – cujo grupamento de habitação possui importante participação – observamos elevação de 14,08% nos valores acumulados em 12 meses. Para este grupo em específico, se mantermos o tipo de análise (acumulada em 12 meses), a elevação já atinge 6,89%. Especificamente para o item de energia elétrica, a conta tem pesado consideravelmente no orçamento familiar em 2015, com aumento de 58,46%, mantida a base de comparação.
Já para o núcleo de recursos livres, a avaliação do resultado acumulado em 12 meses ainda mantém-se consideravelmente abaixo, 6,91%, contudo acima do teto da meta inflacionária (6,5%).
A inflação acumulada em 12 meses continua longe da meta e assim deverá permanecer ao longo de todo o ano. Somado outros fatores econômicos desfavoráveis, entre eles o desaquecimento do mercado de trabalho, aumento de tributação e elevação dos juros, vemos que o orçamento das famílias fica cada vez mais pressionado, fator que por sua vez deverá inibir o consumo e consequentemente contribuir negativamente para o resultado do PIB. Neste cenário, por ora nossas expectativas para inflação mantém-se em 8,30% para 2015.