O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)[1] avançou 0,24% no mês de agosto. No acumulado em 12 meses houve evolução para 2,44%, 0,13 p.p. acima da variação observada em julho. Com esse resultado, o indicador acumulou alta de 0,70% no ano.
O grupo Transportes (0,82%) foi o que registrou maior impacto positivo sobre o índice geral no mês. Resultado do aumento dos preços observada na gasolina (3,22%) e no óleo diesel (2,49%). Os grupos Alimentação e bebidas e Habitação também tiveram destaque, apresentando avanço de 0,78% e 0,36% no período, respectivamente.
O aumento dos preços no grupo Alimentação e bebidas deveu-se, principalmente, a evolução de 1,15% nos alimentos para consumo no domicílio. Enquanto em Habitação as maiores contribuições positivas vieram do aluguel residencial (0,32%) e da energia elétrica (0,27%).
Por outro lado, o grupo Educação apontou a maior contribuição negativa do mês ao recuar 3,47%, com destaque para os itens cursos regulares, pré-escola, pós-graduação, educação de jovens e adultos e creches. Esta queda observada decorreu principalmente dos descontos nos preços das mensalidades das instituições de educação, isto porque as aulas presenciais permanecem ainda suspendidas.
No mês de agosto, o indicador reforça pelo terceiro mês consecutivo um resultado positivo da inflação, após em maio sofrer com a menor variação mensal para o IPCA desde agosto de 1998, contribuindo novamente para acelerar a inflação na análise em 12 meses. Tal resultado se aproxima cada vez mais do intervalo mínimo da meta de 2020 e atinge a marca de 2,44% na análise em 12 meses. O crescimento da inflação ainda está condicionado a recuperação da economia ao longo do resto do ano e de fatores externos que acontecem no cenário mundial, segundo o relatório Focus, a projeção para o IPCA de 2020 está em 1,78%.
[1] O IPCA considera famílias com rendimentos de 01 a 40 salários-mínimos e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.