De acordo com o IBGE, a apuração do resultado da inflação oficial (IPCA) subiu para 8,89% em junho, no acumulado em 12 meses. O acumulado do primeiro semestre do ano já se aproxima do teto da meta ao registrar 6,17%. E para o mês, a inflação acelerou 0,79% em relação ao mês anterior.
A categoria que obteve a maior alta no mês foi a de Despesas Pessoais, com variação de 1,63%. A elevação na categoria foi motivada pelo aumento dos preços de Jogos de Azar (30,8%). Saúde e Cuidados Pessoais foi a segunda categoria com maior alta em maio, variando 0,91% devido ao aumento do subitem Cuidados Pessoais (1,46%), que por sua vez sofreu o impacto de Produtos para Cabelo (2,58%).
Se considerarmos o núcleo acumulado de bens e serviços administrados observamos elevação de 15,07% nos valores acumulados em 12 meses. Já para o núcleo de recursos livres, a avaliação do resultado acumulado em 12 meses ainda mantém-se consideravelmente abaixo, 7,16%, contudo acima do teto da meta inflacionária (6,5%).
A inflação acumulada em 12 meses continua longe da meta e assim deverá permanecer ao longo de todo o ano. Somado outros fatores econômicos desfavoráveis, entre eles o desaquecimento do mercado de trabalho, aumento de tributação e elevação dos juros, vemos que o orçamento das famílias fica cada vez mais pressionado, fator que por sua vez deverá inibir o consumo e consequentemente contribuir negativamente para o resultado do PIB. Neste cenário, por ora nossas expectativas para inflação mantém-se em 9,0% para 2015.