De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio divulgada pelo IBGE, o volume de vendas no Varejo Restrito aumentou 1,5% em novembro, na análise mensal dos dados dessazonalizados. Mesmo com a elevação na margem, para o acumulado em 12 meses a retração é de 3,5%, na comparação contra o mesmo período do ano passado. Na análise do acumulado no ano a queda é mais acentuada, 4% mantida a base de comparação.
Na análise mensal com ajuste sazonal, apenas três setores apresentaram variação negativa: Hipermercados e supermercados (-1,5%), Livros, jornais revistas e papelaria (-0,7%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,3%). Já os demais segmentos ficaram configurados da seguinte maneira: Materiais para escritório (17,4%), Móveis e Eletrodomésticos (6,9%) Outros (4,1%), Artigos farmacêuticos (1,2%) e Tecidos, vestuário e calçados (0,6%).
Mantida a base de comparação, as categorias Veículos e motos, partes e peças e Material de Construção elevaram-se em novembro, subindo 1,2% e 0,6%, respectivamente. Ambas agregam o resultado do Varejo Ampliado, que totalizou elevação de 0,5% na análise mensal.
O mercado de trabalho desaquecido, a baixa confiança, o aumento dos juros e da inflação refletem na fraca atividade do varejo, que segue em linha com o indicador Movimento do Comércio da Boa Vista SCPC, que já vem demonstrando a deterioração do comércio desde meados de 2014. A piora do comércio já era esperada e uma possível melhora deverá ocorrer apenas em 2017, uma vez que o cenário base para 2016 permanece ainda bastante pessimista. Por ora, nossa projeção para 2015 é de retração de 3,5% nas vendas varejistas restritas e queda de 8,0% para o conceito ampliado.
Segue o gráfico com a evolução das séries dessazonalizadas da PMC Restrita e do indicador de Movimento do Comércio.