Segundo dados divulgados pelo Banco Central do Brasil, o estoque total de empréstimos e financiamentos do país teve crescimento de 0,1% em outubro na comparação com setembro, atingindo R$ 3.052,1 trilhões. A leitura representa uma queda de -1,4% nos últimos 12 meses. Com isso, a relação crédito/PIB alcançou em 46,9% em outubro, queda de 0,1 p.p. em relação a setembro.
Considerando a origem dos recursos, o saldo total de crédito livre avançou 0,5% entre setembro e outubro, atingindo R$ 1.536,8 trilhões. Ademais, observa-se uma tendência de melhora, já que o ritmo de queda nos últimos 12 meses vem diminuindo. Os recursos direcionados, por sua vez, caíram 0,2% na variação mensal em outubro, atingindo patamar de R$ 1.515,3 trilhões no mês.
Com relação às concessões, houve crescimento de 6,1% entre os meses de setembro e outubro, devido ao crescimento robusto em recursos livres e direcionados. Desse modo, nos últimos 12 meses há evidente melhora do ritmo de concessão de crédito, principalmente para pessoa física. Considerando o tipo de recurso usado pelas instituições para dar o crédito, a concessão com recursos livres teve crescimento de 6,5%, já nos recursos direcionados um aumento de 2,2% em outubro.
A taxa de inadimplência (atrasos superiores a noventa dias) permaneceu em 3,6%. Para recursos livres a inadimplência continuou em 5,4%, enquanto que para recursos direcionados subiu para 1,85 % (+0,07 p.p.).
A taxa média de juros total das operações de crédito do sistema financeiro subiu 0,4 p.p. no último mês, atingindo 27,4% em outubro. Já nos juros de recursos livres passaram de 43,3% para 43,6% nesta última aferição, enquanto para os recursos direcionados, houve elevação de 0,5 p.p., ficando em 9,8%.
Com relação aos spreads, considerando a totalidade de recursos, foi registrado um total de 20,7 p.p., sendo 35,4 p.p. nas operações livres e 4,6 p.p. nas operações com recursos direcionados.