Por Yan Cattani, economista da Área de Indicadores e Estudos Econômicos da Boa Vista SCPC
De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego de outubro registrou 5,3% da população economicamente ativa, após ajustes sazonais. Na série sem ajuste sazonal, a taxa de desocupação brasileira foi de 4,8%. Já para as regiões metropolitanas ficou a seguinte configuração: Recife (6,8%), Salvador (9,6%), Belo Horizonte (3,7%), Rio de Janeiro (3,7%), São Paulo (4,7%) e Porto Alegre (4,2%).
Com relação aos rendimentos reais, o valor médio habitual foi de R$2.148,50, crescendo 2,7% na relação com o mesmo mês do ano anterior. Na comparação mensal (contra o mês imediatamente anterior, com dados dessazonalizados) os rendimentos apresentaram recuo de 0,4%.
Em suma, o mercado de trabalho continua bastante aquecido, com baixo nível de desocupação e rendimentos crescentes. Contudo, com as incertezas do cenário macroeconômico internacional, alta da Selic, aumento das demissões em diversos segmentos da economia (sobretudo no setor industrial), aperto fiscal, entre outros fatores, aposta-se em uma deterioração deste cenário, já começando a apresentar indícios de uma escalada na desocupação - quando analisamos a taxa dessazonalizada houve alguns repiques nos últimos meses, além de crescer 0,4 p.p. na margem neste mês. Assim, espera-se uma reversão das atuais tendências, traduzidas em aumento do desemprego e maior desaceleração dos rendimentos reais.