De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego em maio atingiu 6,7% da população economicamente ativa na série, sendo o maior resultado desde agosto de 2010. Maio superou em 0,3 p.p. o mês de abril e em 1,8 p.p. o mesmo período de 2014. As regiões metropolitanas ficaram com a seguinte configuração: Recife (8,5%), Salvador (11,3%), Belo Horizonte (5,7%), Rio de Janeiro (5,0%), São Paulo (6,9%) e Porto Alegre (5,6%).
Com relação aos rendimentos reais, o valor médio habitual real foi de R$2.117,10, caindo 5,0% na variação interanual. Na comparação mensal (contra o mês imediatamente anterior) os rendimentos apresentaram recuo de 2,0%.
O mercado de trabalho mostra grandes sinais de desaquecimento. Em termos regionais, o desemprego nas regiões metropolitanas do nordeste, especificamente, atinge níveis alarmantes, sobretudo em Salvador.
A retração do quadro de funcionários de grande parte das empresas já é notável, e este aumento das demissões está em linha com a queda da População Ocupada do indicador, que recuou 0,6% na comparação com maio de 2014. A inflação, que deverá rondar próxima de 9,0% no ano, também colaborará adicionalmente para o aperto real dos ganhos. Com estas perspectivas, estimamos que o desemprego calculado pela PME atinja 7,0% para a média de 2015.