De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego em julho atingiu 7,5% da população economicamente ativa, sendo o maior valor registrado desde maio de 2010. O mês superou em 0,6 p.p. o resultado de junho e em 2,6 p.p. quando comparado ao mesmo período de 2014. Todas as regiões metropolitanas tiveram elevação do desemprego, apresentando a seguinte configuração: Recife (9,2%), Salvador (12,3%), Belo Horizonte (6,0%), Rio de Janeiro (5,7%), São Paulo (7,9%) e Porto Alegre (5,9%).

Com relação aos rendimentos reais, o valor médio habitual real foi de R$2.170,70, caindo 2,4% na variação interanual. Na variação acumulada em 12 meses, por sua vez, houve redução de -0,2%, atingindo patamar negativo pela primeira vez desde fevereiro de 2005, quando caíra 0,1%, mantida base de comparação.

A atual deterioração do cenário econômico começa a repercutir mais incisivamente no mercado de trabalho: agora, além do galopante nível de desemprego, os rendimentos reais começam a mostrar-se negativos.  A combinação entre uma atividade econômica em retração e inflação em patamares elevados acaba por reduzir o orçamento das famílias, levando mais pessoas à procura de trabalho (População Economicamente Ativa apresentou elevação de 1,9% na variação interanual). Já as empresas passam por um período de redução de custos, diminuindo o número de pessoas empregadas (População Ocupada obteve recuo de 0,9% em julho, contra o mesmo mês de 2014), o que resulta em uma intensificação no desemprego.  Com estas perspectivas, estimamos que o desemprego calculado pela PME atinja 9,0% para o final de 2015, enquanto o rendimento real deverá cair em torno de 2,5%.

pmenovo

pme2

pme3