De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego em setembro registrou 7,6% da população economicamente ativa e é a maior taxa para o mês desde 2009. O resultado foi igual ao de agosto, superando em 2,7 p.p. o mesmo período de 2014.
Ainda na comparação interanual, todas as regiões metropolitanas tiveram elevação do desemprego: Rio de Janeiro passou de 3,4% para 6,3%, Recife passou de 6,7% para atuais 10,4%, Salvador sofreu elevação de 2,8 p.p ao passar de 10,3% para 13,0%, Belo Horizonte registrou 5,9% frente aos 3,8% de setembro de 2014, São Paulo passou de 4,5% para 7,3% e Porto Alegre que passou de 4,9% para 6,3%.
Com relação aos rendimentos reais, o valor médio habitual real foi de R$2.179,80, caindo 4,3% na variação interanual. Na variação mensal a retração foi de 0,8%.
A piora do mercado de trabalho se tornou uma variável preocupante no decorrer deste ano. Sua rápida deterioração desde o final de 2014 tem contribuído adicionalmente para enfraquecer a atividade econômica. Enquanto isso, pelo lado das empresas a queda do consumo e receitas são atenuadas pela redução de custos - traduzidos em cortes de postos de trabalho. Não havendo perspectivas de recuperação econômica no curto prazo, esperamos que o desemprego calculado pela PME atinja 9,0% para o final de 2015, enquanto o rendimento real deverá cair em torno de 2,5%.