De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego no terceiro trimestre do ano subiu para 8,9% (maior taxa desde o início da série iniciada em 2012), registrando aumento de 0,6 p.p. em relação ao segundo trimestre de 2015. Na comparação contra o mesmo trimestre encerrado em 2014, a taxa de desocupação era de 6,8%.
O rendimento habitual real no trabalho principal do terceiro trimestre registrou R$1.889. Em relação ao mesmo período do ano anterior houve estabilidade (-0,1%).
A PME divulgada semana passada pelo IBGE (referente a outubro) apontou taxa de desemprego de 7,9%. Enquanto a PME é uma pesquisa restrita às regiões metropolitanas, com maior adensamento urbano e populacional, a PNAD acaba captando melhor características regionais e em locais com menores populações, contemplando 3.500 municípios aproximadamente, entre outras particularidades.
Em suma, a queda do consumo e a busca de redução de custos têm gerado aumento das demissões por parte das empresas. Na variação interanual (trimestre encerrado em setembro comparado ao mesmo período do ano passado, houve elevação de 33,9% na população desocupada). Por outro lado, as famílias estão à procura de complementos na renda, o que por sua vez aumenta a parcela da população em busca de emprego. Tendo em vista este cenário, estimamos que a taxa de desemprego medida pela PNAD alcance taxa próxima a 11% no final do ano.