De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego encerrada em outubro (trimestre móvel que compreende agosto, setembro e outubro) atingiu 9,0%, a maior taxa desde o início da série iniciada em 2012, valor superior em 0,1 p.p. em relação ao nível registrado em setembro. Na comparação contra o período encerrado em 2014, a taxa de desocupação aumentou em 2,4 p.p.
A indústria foi o setor com maior número de demissões, com cerca de 750 mil postos de trabalhos encerrados no acumulado em 12 meses. No mesmo período, o grupo de “Atividades financeiras e imobiliárias” também apresentou grande redução de vagas, com 430 mil vagas foram fechadas. Na “construção civil” o número atingiu 159 mil postos de trabalho, mantida base de comparação.
Já com relação ao rendimento habitual real, o trimestre encerrado em outubro registrou R$1.895, valor 1% inferior em termos interanuais. A massa de rendimento real, por sua vez, atingiu R$ 169,6 bilhões, com queda 1,2% ante o mesmo período em 2014.
Em suma, a queda do consumo e a busca de redução de custos têm gerado aumento das demissões por parte das empresas. Na variação interanual (trimestre encerrado em setembro comparado ao mesmo período do ano passado, houve elevação de 37,5% na população desocupada). Por outro lado, as famílias estão à procura de complementos na renda, o que por sua vez aumenta a parcela da população em busca de emprego. Tendo em vista este cenário, estimamos que a taxa de desemprego medida pela PNAD alcance taxa próxima ao nível atual, 9,0% no final de 2015.