De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), o desemprego subiu em todas as regiões do país, sendo que duas das cinco regiões apresentaram um desemprego acima da média nacional. A divulgação de hoje complementa os dados divulgados no final de abril, a qual já havia disponibilizado o agregado total para o país.
A região que apresentou maior alta foi a Nordeste, com desemprego fechando o trimestre em 12,8%. Nas outras regiões os números foram: Sudeste 11,4%, Norte 10,5%, Sul 7,3% e Centro Oeste 9,7%.
A taxa de ocupação no Brasil – que mede a porcentagem da população com idade de trabalhar que está efetivamente ocupada – fechou o primeiro trimestre em 57%, ficando apenas a região Nordeste abaixo da média nacional, com 49%.
Quanto ao rendimento habitual real, que caiu 3,1% na média nacional frente ao mesmo trimestre do ano anterior, a queda foi generalizada em termos regionais. Mantida a base de comparação, as regiões Norte e Sul apresentaram quedas mais intensas, de 7,3% e 6,3% respectivamente, enquanto o Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste caíram 4,2%, 4,0% e 1,2%.
O recuo na atividade econômica tem levado as empresas a reduzirem seus custos, diminuindo o número de postos de trabalho e consequentemente aumentando a demanda por vagas (população economicamente ativa, PEA). Somado a isso, a queda dos rendimentos reais dos trabalhadores contribui para que mais pessoas entrem no mercado de trabalho a fim de incrementar o orçamento das famílias. Esses dois fatores pressionam positivamente a taxa de desemprego em todas as regiões do país. Tendo em vista a pouca possibilidade de mudanças no curto prazo, o cenário mais provável é que a PNAD continue em tendência de alta até o fim do ano.