De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego no primeiro trimestre do ano atingiu 7,9%, registrando um aumento de 1,4 p.p. em relação ao trimestre imediatamente anterior. O desemprego do trimestre encerrado em março foi o maior dos últimos dois anos.
A região Centro-Oeste alcançou a maior elevação em pontos percentuais, saindo de 5,3% no último trimestre de 2014 para 7,3% no primeiro trimestre de 2015. As três regiões que detinham os maiores índices de desocupação no trimestre anterior mantiveram-se na mesma ordem, sendo a região Nordeste com a maior taxa (9,6%), seguida pelo Norte (8,7%) e pelo Sudeste (8,0%). O Sul registrou a menor taxa, 5,1%.
Os números são condizentes com o atual cenário econômico que contempla os ajustes fiscal e monetário e a desconfiança por parte dos empresários e dos consumidores. Adicionalmente, os dados apresentam coerência com relaçao à Pesquisa Mensal de Emprego, que recentemente também apresentou elevação na taxa de desemprego e queda nos rendimentos reais.
A deterioração do mercado de trabalho é notável, o número de demissões em diversos segmentos produtivos (sobretudo no setor industrial) consolida-se mês a mês e barreiras sobre diversos benefícios trabalhistas também já se mostram presentes nas decisões políticas. Sendo assim, esperamos elevação na taxa de desemprego em 2015 para 8,5%.