De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do IBGE, a taxa de desemprego avançou para 12,2% no trimestre móvel encerrado em março. Estando 0,6 p.p. acima do registrado no mês anterior e 0,5 p.p. menor com relação ao mesmo período do ano passado (12,7%).
Em termos absolutos, a população desocupada totalizou 12,9 milhões, sendo 4,1% maior do que o registrado em fevereiro.
A população ocupada (PO), por sua vez, recuou 1,6% no mês, e avançou 0,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Destacou-se em março o recuo em todas as posições, com exceção do “empregado no setor público” que subiu 2,5% no período. Dentre os setores que recuaram no mês, destaque para os segmentos de “empregado no setor privado sem carteira” e “trabalhador doméstico” que recuaram 5,3% e 3,8%, respectivamente.
Nos grupamentos por atividades, ainda na comparação mensal, os únicos aumentos ocorreram em ocupações nos setores de Serviços (0,4%) e Administração Pública (2,1%). Por outro lado, as quedas mais expressivas do período ocorreram em “Construção”, ao recuar 3,7%, “Alimentação” que diminuiu 4,6% e “Serviços Domésticos” que teve queda de 3,6%.
A População Economicamente Ativa (PEA) contraiu 0,9%, na base mensal, e 0,2% com relação ao mesmo período de 2019.
No acumulado em 12 meses, o rendimento médio habitual avançou para 0,3%, interrompendo o processo de desaceleração iniciado em outubro.
Apesar do avanço mensal na taxa de desemprego, o resultado da PNAD de março foi o menor dos últimos 3 anos, refletindo, assim, um movimento tímido de recuperação do emprego e da renda no começo do ano de 2020. Importante notar que os dados apresentados no indicador não demonstraram altas variações em função das medidas restritivas ao Covid-19 e seus impactos na economia. Portanto, espera-se para os próximos meses impactos mais intensos no índice de desemprego e, com isso, devemos analisar como a economia se comportará com as medidas governamentais de manutenção dos empregos e de auxílio à população.