De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do IBGE, a taxa de desemprego avançou para 13,8% no trimestre móvel encerrado em julho. Estando 0,5 p.p. acima do registrado no mês anterior e 2 p.p. maior em relação ao mesmo período do ano passado (11,8%).
Em termos absolutos, a população desocupada totalizou 13,1 milhões, sendo 2,7% maior do que o registrado em junho.
A população ocupada (PO), por sua vez, recuou 1,6% no mês e 12,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Destacou-se, em julho, o recuo em 5 das 7 posições analisadas, com destaque para o “Empregado no setor privado com carteira” e o “Empregado no setor público”, que apresentaram baixas de 2,6% e 1,9%, respectivamente. Os setores que apresentaram crescimento foram os de “Empregado no setor privado sem carteira” e “Trabalhador familiar auxiliar”, ambos avançaram 0,6% e 1,8%, respectivamente.
Nos grupamentos por atividades, ainda na comparação mensal, 8 das 10 atividades apresentaram queda. As baixas mais expressivas do período ocorreram nos setores de “Alimentação”, ao recuar 5,4%, “Transportes” que diminuiu 4,1% e “Administração Pública” ao ceder 1,7%.
A População Economicamente Ativa (PEA) contraiu 1% na base mensal e 10,4% com relação ao mesmo período de 2019.
No acumulado em 12 meses, o rendimento médio habitual avançou para 3%.
O avanço mensal na taxa de desemprego confirma o mal desempenho do mercado de trabalho durante a pandemia do coronavírus. Com o resultado de julho, o desemprego atinge o maior nível desde o início da série histórica em 2012. O mercado de trabalho foi fortemente prejudicado pela crise, enquanto a economia não se recuperar como um todo, espera-se que o índice continue refletindo as adversidades do cenário atual e siga com seu ritmo de crescimento do desemprego ao longo de 2020.