De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do IBGE, a taxa de desemprego avançou para 13,3% no trimestre móvel encerrado em junho. Estando 0,4 p.p. acima do registrado no mês anterior e 1,3 p.p. maior em relação ao mesmo período do ano passado (12%).
Em termos absolutos, a população desocupada totalizou 12,8 milhões, sendo 0,6% maior do que o registrado em maio.
A população ocupada (PO), por sua vez, recuou 3% no mês e 10,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Destacou-se em junho o recuo em todas as posições, com exceção do “Empregado no setor público” que cresceu 0,9% no período. Dentre os setores que recuaram no mês, destaque para os segmentos de “Empregado no setor privado sem carteira”, “Conta-própria” e “Empregado no setor privado com carteira”, ambos recuaram 6,3%,3,4% e 3,1%, respectivamente.
Nos grupamentos por atividades, ainda na comparação mensal, todas elas apresentaram baixa. As quedas mais expressivas do período ocorreram nos setores de “Alimentação”, ao recuar 8,4%, “Comércio” que diminuiu 3,9% e “Serviços Domésticos” ao ceder 6,5%.
A População Economicamente Ativa (PEA) contraiu 2,5% na base mensal e 9,4% com relação ao mesmo período de 2019.
No acumulado em 12 meses, o rendimento médio habitual avançou para 2%.
O avanço mensal na taxa de desemprego confirma o mal desempenho dos principais setores da economia e contribui para acelerar o indicador na análise em 12 meses. O resultado está em linha com as expectativas de mercado e a crise provocada pela pandemia do coronavírus. O mercado de trabalho está sendo fortemente influenciado pelas medidas restritivas ao Covid-19, portanto espera-se que o índice continue refletindo as adversidades do cenário atual e siga com seu ritmo de crescimento ao longo de 2020.