De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do IBGE, a taxa de desemprego recuou para 13,9% no trimestre móvel encerrado em dezembro de 2020. Estando 0,7 p.p. abaixo do registrado no trimestre de julho a setembro e 2,9 p.p. maior com relação ao mesmo período do ano passado (11%).
Em termos absolutos, a população desocupada totalizou 13,9 milhões, sendo 1,2% menor do que o registrado no final do terceiro trimestre.
A população ocupada (PO), por sua vez, variou 4,5% no trimestre, recuando 8,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Destacaram-se no trimestre o aumento nas posições de “empregado no setor privado sem carteira”, com alta de 10,8%, o de “conta própria” que subiu 6,8% e o avanço de 6,3% no “trabalhador doméstico”.
A População Economicamente Ativa (PEA) avançou 3,7% na base trimestral e apresentou queda de 5,7% com relação ao mesmo período de 2019.
O rendimento médio habitual avançou 4,7%, ao longo de 2020.
Após nove meses de avanços consecutivos, a taxa de desemprego registra em dezembro sua terceira queda mensal seguida, sugerindo uma leve melhora no mercado de trabalho neste final de 2020. No entanto, o resultado ainda é bastante prejudicial à economia, marcado por um ano de recordes negativos e fragilização do nível de emprego.
Para 2021, dado que as expectativas para o desempenho da economia seguem apontando sinais de enfraquecimento da retomada na atividade, a tendência é que o mercado de trabalho continue com sua recuperação somente em função da recuperação dos principais setores da economia.