Dados divulgados hoje pelo IBGE revelam que a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) avançou 3,2% em agosto, na comparação mensal ajustada sazonalmente, influenciada pela retomada econômica após uma maior flexibilização das medidas restritivas do coronavírus. Com mais este avanço em agosto, já foi recuperado 90,3% da perda acumulada no bimestre março-abril.
Já referente ao acumulado dos últimos doze meses, a atividade industrial recuou 5,7%. No acumulado de 2020, o setor também registrou queda de 8,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo a análise mensal dessazonalizada, a Indústria de Transformação apontou avanço de 3,5% e a Extrativa Mineral de 2,6% em comparação com julho.
Dentre os ramos industriais houve avanço da atividade em 16 dos 26 pesquisados, sendo que as principais influências positivas ocorreram em: Veículos automotores, reboques e carrocerias (19,2%), Couro, artigos para viagem e calçados (14,9%), Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,9%) e Vestuários e acessórios (11,5%). Por outro lado, os destaques negativos ocorreram Produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,7%) e em Perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-9,7%) Dentre as grandes categorias, em agosto, todas apresentaram avanço no mês. O grupo de Bens de Consumo subiu 2,9%, sendo que os Bens Duráveis (18,5%) e Semi e Não-duráveis (0,6%). Os grupos de Bens Intermediários e de Bens de Capital aumentaram 2,3% e 2,4%, respectivamente.
O desempenho da indústria em agosto reforça a retomada das unidades industriais que estavam paralisadas devido as medidas restritivas decorrentes do coronavírus. A recuperação do setor já está tomando novas formas, entretanto ainda está condicionada a retração da pandemia em geral e a recuperação dos outros setores e do mercado de trabalho como um todo. Segundo as projeções reunidas no relatório Focus, na primeira semana de março, esperava-se que a produção industrial apontasse crescimento de 2,4% para 2020, atualmente a projeção de crescimento aponta retração de 6,30% para o ano.