Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços, o índice de receita registrou alta de apenas 0,8% em fevereiro na comparação interanual (contra o mesmo mês de 2014) este resultado representa desaceleração de 1,0 p.p. frente a janeiro, mantida a base de comparação. Já no resultado acumulado em 12 meses houve desaceleração de 0,7 p.p. no indicador, atingindo 4,7%, enquanto em termos reais houve queda de 3,7%, mantida base de comparação.

Observa-se desaceleração todos os principais grupos, apresentando a seguinte configuração: Serviços prestados às famílias (passou de 8,8% em janeiro para 8,3% em fevereiro) Serviços de informação e comunicação (passou de 2,4% em janeiro para atuais 2,0%); Serviços profissionais, administrativos e complementares (apresentou queda de 0,5 p.p. na comparação com o mês anterior, atingindo 7,8%); Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (passou de 5,7% em janeiro para 4,5% em fevereiro); Outros serviços (apresentou recuo de 0,5 p.p. em fevereiro, com atuais 5,7%).

Tendo em vista os fracos resultados apresentados pelos setores da economia brasileira aliados a uma inflação persistentemente alta - em especial no setor de serviços - e da falta de confiança dos agentes econômicos, esperamos que esta tendência se prolongue pelos próximos meses e que uma reversão deste quadro tenha início somente em meados de 2016. Assim, estimamos que o setor de serviços neste ano continue em patamar negativo em termos reais, em nível próximo ao resultado observado em 2014.

pms