Em termos reais, a receita no setor caiu 4,9%, para o resultado acumulado em 12 meses.
Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE, a receita nominal de serviços obteve o pior resultado para agosto da série histórica iniciada em 2012, com alta de apenas 1,0% na comparação contra o mesmo mês do ano passado. No resultado acumulado em 12 meses, a variação da receita nominal foi de 3,0%, desacelerando 0,3 p.p. em relação ao resultado de julho. Em termos reais, ou seja, retirando o efeito da inflação no setor, houve queda de 4,9%, também para o acumulado em 12 meses.
A partir deste mês o IBGE também passou a divulgar o volume de serviços, que em agosto registrou queda de 3,5% na comparação com o mesmo período de 2014. Mantida a base de comparação, os resultados de junho e julho foram de -4,2% e -2,2%, respectivamente. A queda acumulada no ano atinge 2,6% e o acumulado em 12 meses apresentou retração de 1,1%.
Os principais grupos ficaram configurados da seguinte forma na variação acumulada em 12 meses: Serviços prestados às famílias (passou de 4,4% em julho para 3,6% em agosto); Serviços de informação e comunicação (passou de 0,3% em julho para atuais 0,2%); Serviços profissionais, administrativos e complementares (desacelerou 0,8 p.p. atingindo 6,4%); Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (passou para 2,9% em agosto); Outros serviços (apresentou desaceleração de 1,3 p.p. em agosto, com atuais 1,6%).
Apesar do volume de serviços ter diminuído consideravelmente em agosto (-3,5%), a queda da receita real (retirando os efeitos da inflação) tem sido ainda mais agressiva (-4,9%). Isto é, apesar do barateamento dos preços do setor de serviços, o ritmo de vendas permanece negativo, efeito que deverá perdurar até meados de 2016.