Em termos reais, a receita no setor caiu 5,3%, para o resultado acumulado em 12 meses.
Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE, a receita nominal de serviços obteve o pior resultado para setembro da série histórica iniciada em 2012, com estabilidade na comparação contra o mesmo mês do ano passado. No resultado acumulado em 12 meses, a variação da receita nominal foi de 2,5%, desacelerando 0,5 p.p. em relação ao resultado de agosto. Em termos reais, ou seja, retirando o efeito da inflação no setor, houve queda de 5,3%, também para o acumulado em 12 meses.
Há dois meses o IBGE também passou a divulgar o volume de serviços, que em setembro registrou queda de 4,8% na comparação com o mesmo período de 2014. Mantida a base de comparação, os resultados de julho e agosto foram de -4,2% e -3,5%, respectivamente. A queda acumulada no ano atinge 2,8% e o acumulado em 12 meses apresentou retração de 1,8%.
Os principais grupos ficaram configurados da seguinte forma na variação acumulada em 12 meses: Serviços prestados às famílias (passou de 3,9% em agosto para 3,2% em setembro); Serviços de informação e comunicação (passou de 0,4% em agosto para atuais 0,2%); Serviços profissionais, administrativos e complementares (desacelerou 1,0 p.p. atingindo 5,8%); Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (passou para 2,8% em setembro); Outros serviços (apresentou desaceleração de 1,0 p.p. em setembro, com atuais 1,3%).
Apesar do volume de serviços ter diminuído consideravelmente em setembro (-4,8%), a queda da receita real (retirando os efeitos da inflação) tem sido ainda mais agressiva (-5,3%). Isto é, apesar do barateamento dos preços do setor de serviços, o ritmo de vendas permanece negativo, efeito que deverá perdurar até meados de 2016.