De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada hoje pelo IBGE, o volume de vendas no Varejo Restrito subiu 1,2% na comparação mensal com ajuste sazonal. A atividade acumulada em 12 meses se manteve estável, o indicador permaneceu em 5,9% na análise de julho. Já no acumulado do ano o resultado apontou alta de 6,6% contra os sete primeiros meses de 2020.
O resultado de julho foi superior ao teto das expectativas de mercado, de +1,1% para o mês. No mesmo sentido, o indicador de movimento do comércio elaborado pela Boa Vista apontou crescimento de 0,6% em julho, enquanto a mediana das expectativas de mercado para o setor previa alta de 0,5% no mesmo período.
Avaliando os segmentos na variação mensal (com ajuste sazonal), cinco das oito atividades pesquisadas registraram variações positivas em julho. Os principais avanços ocorreram em Tecidos, vestuário e calçados (+2,8%), Materiais para escritório (+0,6%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (+19,1%).
Por outro lado, entre os setores que recuaram no período, destaque para Livros, jornais e revistas (-5,2%) e Móveis e eletrodomésticos (-1,4%).
O Comércio Varejista Ampliado registrou alta de 8,4% na variação em 12 meses. Já na comparação mensal (dados dessazonalizados), o indicador avançou 1,1%.
Por fim, foi observado aumento das vendas em 19 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Rondônia (+17,5%), Santa Catarina (+12,5%) e Paraná (+11,1%).
O desempenho do varejo, para o mês de julho, veio acima das expectativas esperadas, mas não foi capaz de manter o ritmo de crescimento da análise em 12 meses. Da mesma forma, a análise do acumulado no ano apresentou leve desaceleração nesta última aferição. logo, apesar do bom resultado na avaliação mensal, a economia como um todo segue em ritmo gradual de recuperação, o que tende a refletir sobre os números do setor para os próximos meses.
Contudo, os próximos passos do varejo ainda estão majoritariamente condicionados à imunização total da população e ao ritmo de retomada dos principais setores da atividade econômica. O mercado de trabalho também é um elemento fundamental para a recuperação do setor, uma vez que o desemprego atingiu máximas históricas nos últimos meses e a nova rodada de auxílio emergencial segue muito inferior em comparação com a do ano anterior.