Comentários:                                                       

  • De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada hoje pelo IBGE, o volume de vendas no Varejo Restrito caiu 1,7% na comparação mensal com ajuste sazonal. A atividade acumulada em 12 meses acelerou, o indicador passou de 5,4% para 5,9% em junho. Já no semestre o indicador apontou alta de 6,7% contra os seis primeiros meses de 2020.
  • De forma geral, o resultado veio na contramão das expectativas de mercado, que apostavam num crescimento de 0,7% no período.
  • Avaliando os segmentos na variação mensal (com ajuste sazonal), cinco das oito atividades pesquisadas registraram variações negativas em junho. Os principais recuos ocorreram em Tecidos, vestuário e calçados (-3,6%), Materiais para escritório (-3,5%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,6%).
  • Por outro lado, entre os setores que avançaram no período, destaque para Livros, jornais e revistas (5,0%) e Móveis e eletrodomésticos (1,6%).
  • O Comércio Varejista Ampliado registrou alta de 7,9% na variação em 12 meses. Já na comparação mensal (dados dessazonalizados), o indicador caiu 2,3%.                   
  • Por fim, foi observado redução das vendas em 18 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Amapá (-16,7%), Rio Grande do Sul (-5,1%) e Mato Grosso do Sul (-4,0%).

Perspectivas:

  • O desempenho do varejo, para o mês de junho, veio muito abaixo das expectativas esperadas, apontando redução no ritmo de crescimento da análise em 12 meses. A queda observada no mês percorreu pela maioria os segmentos do comércio, devolvendo parcialmente os avanços observados em maio. Apesar do resultado negativo na avaliação mensal, a economia como um todo segue em ritmo de recuperação, o que tende a reverter os números do setor para os próximos meses.
  • Contudo, os próximos passos do varejo ainda estão majoritariamente condicionados à imunização da população e da evolução do controle pandemia no país, de forma que as demandas que ficaram represadas durante o ano passado poderão voltar com um pouco mais de força. O mercado de trabalho também é um elemento fundamental para a recuperação do setor, uma vez que o desemprego aponta para máximas históricas e a nova rodada de auxílio emergencial segue muito inferior em comparação com a do ano anterior.