De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE, o volume de vendas no varejo restrito avançou 0,6% em comparação mensal com ajuste sazonal. A atividade acumulada em 12 meses desacelerou mais uma vez, passando de 2,6% para 1,9% entre outubro e novembro.
No entanto, no acumulado do ano, o resultado de vendas no varejo restrito também apontou alta de 1,9% em comparação ao período de janeiro a novembro de 2020. No resultado de novembro ficou acima do teto das expectativas de mercado, que iam de queda de 2,8% a alta de 0,4%.
Por outro lado, com retração do comércio varejo é de 4,2% na comparação anual. O desempenho do indicador contra novembro de 2020, veio em linha com o intervalo das expectativas entre queda de 4,1% e recuo de 9%.
Contudo, desta vez, o número do IBGE, veio um pouco diferente do indicador de Movimento do Comércio da Boa Vista, que registrou queda de 1,0% na passagem de outubro para novembro e de 2,8% contra novembro de 2020.
Portanto, ao avaliar os segmentos na variação mensal (com ajuste sazonal), apenas três das oito atividades pesquisadas registraram variações positivas em novembro. E os principais avanços ocorreram em ‘super e hipermercados’ (+0,9%), ‘artigos farmacêuticos e de perfumaria’ (+1,2%) e ‘outros artigos de uso pessoal e doméstico’ (+2,2%).
Por outro lado, entre os setores que não apontaram altano mês, destaque para ‘combustíveis e lubrificantes’ (-1,4%), ‘tecidos e vestuário’ (-1,9%) e ‘móveis e eletrodomésticos’ (-2,3%).
O Comércio Varejista Ampliado desacelerou seu crescimento para 5,1% na variação em 12 meses. Já na comparação mensal (dados dessazonalizados), o indicador subiu 0,5%. Por fim, na comparação mensal, foi observado aumento das vendas em apenas 13 das 27 Unidades de Federação, com destaque para Roraima (+3,7%), Rio de Janeiro (+2,8%) e Distrito Federal (+2,7%).
O desempenho da vendas varejo em novembro surpreendeu ao interromper uma sequência de 3 quedas mensais consecutivas. Mas, ainda não foi capaz de reverter a tendência de desaceleração do ritmo de recuperação do setor na análise do acumulado no ano.
Portanto, o resultado do mês renova o fôlego do indicador. E no cenário onde a economia como um todo segue sem apresentar um ritmo consistente de recuperação, a tendência é refletir sobre os números das atividades para os próximos meses.
Sendo assim, os próximos passos do comércio varejo ainda está dependendo do sucesso na imunização total da população e ao ritmo de retomada dos principais setores econômicos. Contudo, no momento, o mercado de trabalho está fragilizado.
A aceleração da inflação e o aumento dos juros são elementos que estão pesando mais sobre o desempenho das vendas no comércio. E reduzindo a capacidade de consumo das famílias e empresas em um ambiente de pouco otimismo nesta virada de ano.