De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada pelo IBGE, o volume de vendas no Varejo restrito recuou 1,9% em relação ao mês anterior nos dados dessazonalizados, enquanto na relação contra março do ano anterior houve uma queda de 4,0%. Considerando a variação acumulada em 12 meses, a trajetória do indicador apresentou certa estabilidade em relação ao mês anterior (-5,4% em fevereiro vs. -5,3% em março), indicando, portanto, uma provável retomada lenta e gradual nos próximos meses. Ademais, o mesmo pode ser observado no desempenho do varejo ampliado (que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção).
Avaliando as séries com ajuste sazonal (variação mensal), as três principais quedas observadas foram nos seguintes setores: Supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-6,2%); Tecidos, vestuário e calçados (-1,0%) e materiais de escritório (-0,5%). O restante da abertura pode ser observado tabela abaixo, que mostra a evolução recente dos dados por categoria de varejo.
O resultado continua sendo influenciado pelos baixos rendimentos auferidos no mercado de trabalho e consequente diminuição do consumo. No entanto, considerando os dados do CAGED, é possível observar que há uma tímida melhora do saldo de emprego (diferença entre admissões e desligamentos nas empresas), movimento que apresenta bastante aderência com as vendas varejistas, como pode ser observado no gráfico ao lado, números que poderão ser mais positivos nos próximos meses.
Nesse sentido, a Boa Vista continua trabalhando com um cenário de retomada para o comércio varejista, revertendo os resultados negativos dos últimos dois anos. Nossa expectativa para 2017 é de 0,0% e 2,7% para 2018.